Checklist norma
ABNT NBR 17225

Uma ferramenta de apoio baseada no checklist desenvolvido pela Comissão de Estudo de Acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para facilitar o cumprimento da norma NBR 17225.

Captura de tela de um pedaço do checklist apresentado neste site exibindo alguns dos itens existentes na lista.

O que é a norma ABNT NBR 17225?

A norma ABNT NBR 17225 é um documento que estabelece padrões por meio de requisitos e recomendações para uma aplicação adequada de acessibilidade em conteúdos para a web em um contexto amplo (mais precisamente sites e aplicações que envolve conteúdo para a web).

Importante: A norma não substitui os critérios da WCAG. Ela segue os mesmos critérios da WCAG, ou seja, caso você já atenda aos padrões mínimo da WCAG, provavelmente já estará atendendo também aos padrões mínimos da norma.

Relevância da existência da norma

Atualmente a LBI (Lei Brasileira de Inclusão) em seu artigo 63, cita que "É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente". E apesar de sabermos que as "melhores práticas adotadas internacionalmente" se referem a WCAG, o fato de não ocorrer uma citação exata, abre-se margem para contra-argumentação e a consequente não aplicação.

Dessa forma, com o lançamento da norma nacional, abre-se o precedente para que ocorra a regulamentação do artigo 63 da LBI indicando com clareza o que se precisa fazer para atender minimamente os requisitos de acessibilidade.

Entre os órgãos participantes do desenvolvimento da norma, também estavam representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) link externo - abre em uma nova janela que em conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania está desenvolvendo o futuro padrão de conformidade de acessibilidade digital, que será oficializado por meio de decreto a ser publicado ainda em 2025.

Checklist ABNT NBR 17225

Este checklist representa de forma fiel o material apresentado na norma NBR ABNT 17225. Todos os textos, conteúdos, classificações e códigos representativos são os mesmos que você encontra na norma em formato PDF atalho para essa mesma página.

Pra facilitar a localização e pesquisa, nenhuma nomenclatura foi alterada. No entanto, foram efetuadas algumas correções de marcações incorretas de códigos e os textos foram ajustados a uma linguagem inclusiva. A principal diferença é o fato deste material ser interativo e ser acessível em diferentes canais, inclusive para impressão.

Boas práticas para uso deste checklist:

  1. Utilize os filtros de exibição para exibir ou ocultar apenas as tabelas que deseja consultar;
  2. Utilize os filtros de requisitos e recomendações para exibir ou ocultar apenas o que deseja consultar;
  3. Se precisar (ou desejar) imprimir ou gerar um arquivo PDF com os itens selecionados, faça as configurações antes de enviar para a impressão (use as dicas do quadro "dica para impressão");
  4. Utilize os filtros de responsabilidades para exibir itens do checklist que, em tese, precisam ser organizados por uma área específica (UI, UX, Conteúdo ou Desenvolvimento);
  5. Apesar deste conteúdo poder ser exibido em diferentes locais, devido a grande quantidade de informações existentes nas tabelas, recomendamos acessar apenas em telas maiores (desktop).

Filtre a exibição de checklists específicos

Todos os checklists são exibidos por padrão, até que você remova sua exibição.

Filtre Requisitos ou Recomendações

Cada item do checklist contempla uma determinada classificação. A coluna "classificação" nas tabelas que contém os checklists, informa se o item é um requisito ou uma recomendação.

Atender todos os requisitos, fará com que você atinja uma conformidade regular com a norma NBR ABNT 17225. Para que ocorra uma conformidade plena, você precisa atender tanto os requisitos, como as recomendações.

Para fins comparativos com a WCAG:

  • Os requisitos equivalem ao cumprimento dos critérios níveis A e AA.
  • As recomendações equivalem aos critérios nível AAA.

Dica para impressão

Se quiser imprimir os checklists (ou criar PDF's), selecione as configurações de filtros de exibição antes de enviar para a impressão.

Após enviar para impressão, selecione a escala em 50% para exibir todas as colunas na mesma folha. Este site já está configurado para não enviar para impressão informações desnecessárias.

Áreas responsáveis por aplicar acessibilidade

As áreas responsáveis para cada item do checklist apresentadas neste material podem não ser as mesmas em todos os projetos ou em todas as empresas. Trata-se de um senso comum relacionado a atividade proposta e a ser executada, mas que pode variar por diferentes motivos, portanto, utilize apenas como referência.

Há uma atividade em desenvolvimento pelo grupo de trabalho ARRM (Accessibility Roles and Responsabilities Mapping) do W3C link externo - abre em uma nova janela, cujo objetivo é justamente ajudar as pessoas e empresas compreenderem seus papéis e responsabilidades dentro de projetos que envolvam acessibilidade. Este material utiliza as documentações de referência produzidas por este grupo de trabalho. Você também pode ter mais informações sobre esse tema, consultando a seção "Cargos e funções" no projeto Carreiras em Acessibilidade link externo - abre em uma nova janela.

Funções primárias e secundárias

A apresentação das informações neste material segue uma lógica visual e ordenada de acordo com a sua localização, siga os seguintes itens para melhor compreensão:

  • As funções primárias (coluna "área responsável") sempre são únicas, pois são as áreas que normalmente conduzem o processo de tomada de decisão para adequação, execução e acompanhamento do item mencionado no checklist além de terem a decisão final em uma determinada situação de conflito. No entanto, note que essas áreas podem variar de acordo com a dinâmica de cada empresa;
  • As funções secundárias (coluna "demais responsáveis") podem ser mais do que uma, pois são áreas que darão suporte para implementação de cada item do checklist. A ordem que as áreas aparecem determina a sua importância na execução.

Filtrar áreas responsáveis

O filtro oculta ou exibe apenas com as funções primárias (principal área responsável)

Informação importante para quem visualiza este conteúdo em telas pequenas:

As tabelas com os itens de checklist possuem muitas informações. Há uma certa responsividade acrescentando-se uma barra de rolagem horizontal em cada tabela de dados apresentada neste conteúdo. No entanto, recomendamos que a consulta dos itens seja efetuada em telas maiores, visando maior conforto visual.

Itens verificáveis para cumprimento

Glossário do checklist

Tanto a norma ABNT NBR 17225 quando cada um dos critérios da WCAG, já possuem um extenso glossário para consulta em seus respectivos conteúdos. Esta seção possui apenas alguns termos corriqueiros que podem gerar dúvidas para a maioria das pessoas ainda não familiarizadas com os principais termos utilizados em validações de acessibilidade ou durante o uso de tecnologias assistivas. Para ir além dos termos presentes aqui, consulte os respectivos materiais citados.

DETERMINADO PROGRAMATICAMENTE
Tudo o que pode ser determinado por meio de programação de código. Ou seja, que a equipe de desenvolvimento organiza e programa a partir de documentos recebidos de outras áreas (design, negócios, etc.) e que servem para que browsers e tecnologias assistivas compreendam adequadamente as conexões entre elementos e dessa forma efetue a exibição da informação de forma que qualquer pessoa possam compreender.
NOME ACESSÍVEL
O nome que um determinado componente é compreendido. Pode representar apenas o significado de um componente (tecnicamente chamado de "significante") ou pode representar uma ação a ser executada (exemplo: em um botão representado pela imagem de uma lupa, o seu nome acessível poderia ser "Buscar"). Nem sempre o nome acessível é visível em tela e é comum criar concatenações compreensível apenas para tecnologias assistivas.
TABELAS DE LAYOUT
Alguns layouts de sites ainda fazem uso de tabelas para a composição de elementos na interface e essa não é uma boa prática. As tabelas devem ser utilizadas apenas para publicação de dados tabulares (um bom exemplo é o próprio checklist existente neste site).
Contexto histórico sobre "tabelas de layout"

No passado e início da internet comercial (1994) designers gráficos que migraram para a web não tinham os mesmos controles de layout que tinham em suas composições gráficas e com isso, criaram técnicas para fazer com que o layout dos componentes se adequasse aos diferentes monitores da época. A forma que isso foi feita, usando tabelas, desestruturou a semântica de sites. Isso foi popularizado principalmente por livros como "Creating Killer Web Sites" de David Siegel publicado em 1996 onde ele explicava detalhadamente o processo de construção de sites com orientação visual em detrimento do conteúdo. Os primeiros editores visuais de HTML da época (exemplo: Frontpage ou Dreamweaver) reforçaram o uso de tabelas em suas composições de HTML e isso fez com que toda a indústria, de alguma forma, utilizassem padrões indevidos para a composição de HTML.

A partir deste cenário, surgiram conceitos como "tableless", que visava reforçar o desenvolvimento correto de HTML. O termo foi popularizado em diferentes livros, mas essencialmente o "Designing with Web Standards" de Jeffreey Zeldman publicado em 2003 foi um dos principais. O desenvolvimento de novas versões de CSS em conjunto com um suporte maior dos navegadores conforme ocorreram suas atualizações, tornou possível a eliminação completa de tabelas para o desenvolvimento de layouts modernos e atuais. Em 2008, com o lançamento do HTML 5 e de diferentes módulos atualizados do CSS (popularmente conhecido como CSS 3), foi possível o desenvolvimento de sites e ambientes mais complexos, fazendo uso da semântica de forma adequada.

Mesmo assim, devido a própria forma como o HTML pode ser explorado, a quantidade de "frameworks" que produzem código de forma automática e a ausência cada vez maior de conhecimento básico e aprofundado em semântica por parte de profissionais que desenvolvem sites, ainda sofremos com decisões passadas e a consequente falta de acessibilidade em sites atuais.

TECLA MODIFICADORA
Uma tecla que altera a função original de outra tecla no teclado. Atalhos comuns que utilizam teclas modificadoras: CTRL+C, CTRL+V (no Windows) ou COMMAND-C, COMMAND-V (no Mac). Tecnologias assistivas, como leitores de tela, possuem suas próprias teclas modificadoras definidas em seus respectivos manuais de uso.
TESTE DE FUNÇÃO COGNITIVA
Qualquer tipo de teste que exija que a pessoa que usa o sistema precise fazer para conseguir seguir adiante em uma atividade ou efetuar uma autenticação em um sistema. Alguns exemplos práticos: Uso de "captcha" sem alternativa acessível ou recursos que envolva a seleção de imagens específicas ou a realização de cálculos matemáticos.

Download da norma ABNT NBR 17225

Ainda não tem a norma e quer fazer o download do material oficial? Siga os passos a seguir.

Instruções para efetuar corretamente o download da norma em sua versão mais atual:

  1. Acesse o catálogo da ABNT por meio do link "Acessar catálogo ABNT" localizado após esta lista;
  2. Será exibida uma lista com todas as normas de acessibilidade da ABNT;
  3. Procure pela norma ABNT NBR 17225:2025 (estará entre as primeiras da lista);
  4. Ao acessar a página da norma, localize o link em formato de botão "Visualize essa norma";
  5. A norma será exibida em uma nova janela. Simule uma impressão e salve como PDF.

Importante: Para garantir que você use a versão mais atual, o download da norma sempre deverá ser feito de forma oficial diretamente no site da ABNT.

Outras normas (ABNT) relevantes para acessibilidade digital

  • ABNT NBR 17060 - Acessibilidade em aplicativos de dispositivos móveis
  • ABNT NBR ISO 9241-11 - Ergonomia da interação humano-sistema - Parte 11: Usabilidade: Definições e conceitos
  • ABNT NBR ISO 9241-171 - Ergonomia da interação humano-sistema - Parte 171: Orientações sobre acessibilidade de software
  • ABNT NBR ISO 24295-1 - Linguagem Simples - Parte 1: Princípios e diretrizes norteadores
  • ABNT NBR 16452 - Acessibilidade na comunicação - Audiodescrição
  • ABNT NBR 15610-3 - Televisão digital terrestre - Acessibilidade Parte 3: Língua de Sinais - LIBRAS

Normas ISO (Organização Internacional de Normalização) que podem servir de referência para acessibilidade digital

Há uma infinidade de normas técnicas padrão ISO link externo - abre em uma nova janela que podem ser úteis para produtos e serviços digitais. Aqui estão listadas apenas algumas referências diretas. Alguns destes padrões já possuem trabalho de tradução (e adaptação para ABNT) em andamento.

  • ISO/IEC DIS 40500 - W3C Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.2
  • ISO/IEC 20071-5:2022 - User interface component accessibility - Part 5: Accessible user interfaces for accessibility settings on information devices
  • ISO/IEC 20071-11:2019 - User interface component accessibility - Part 11: Guidance on text alternatives for images
  • ISO/IEC 20071-15:2017 - User interface component accessibility - Part 15: Guidance on scanning visual information for presentation as text in various modalities
  • ISO/IEC 20071-21:2015 - User interface component accessibility - Part 21: Guidance on audio descriptions
  • ISO/IEC 20071-23:2018 - User interface component accessibility - Part 23: Visual presentation of audio information (including captions and subtitles)
  • ISO/IEC 20071-25:2017 - User interface component accessibility - Part 25: Guidance on the audio presentation of text in videos, including captions, subtitles and other on-screen text
  • ISO 9241-171:2008 - Ergonomics of human-system interaction - Part 171: Guidance on software accessibility (ABNT em português disponível)
  • ISO 9241-143:2012 - Ergonomics of human-system interaction - Part 143: Forms
  • ISO 9241-210:2019 - Ergonomics of human-system interaction - Part 210: Human-centred design for interactive systems
  • ISO/IEC TR 29194:2015 - Biometrics — Guide on designing accessible and inclusive biometric systems

Perguntas e Respostas

É possível que você tenha outras perguntas além das que estão listadas aqui. Se isso for uma verdade, não hesite em entrar em contato pelo e-mail "oi@tudoeacessibilidade.com.br" enviando a sua dúvida.

Projetos da comunidade

Este espaço é para divulgar projetos e iniciativas da comunidade e que podem ajudar as pessoas a cumprirem as normas da ABNT em diferentes contextos. Se quiser ver o seu projeto (ou algum outro) que acha relevante listado aqui, envie uma mensagem para "msales@tudoeacessibilidade.com.br" informando os dados do projeto.